quinta-feira, novembro 03, 2011

(...)Nos misturamos confusos, sem nos olhar nos olhos. Evitamos nos encarar — por que sentimos vergonha ou piedade ou uma compreensão sangrenta do que somos e do que tudo é? — mas, quando os olhos de um esbarram nos olhos do outro, são de criança assustada esses olhos. Cão batido, rabo entre as pernas.
Mastigamos em silêncio(...)

Caio Fernando Abreu, in: Pedras de Calcutá- Garopaba Moun Amour.

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"Tenho amigos tão bonitos. Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica."
Caio Fernando Abreu